VISÃO INTUITIVA ASSOCIADA A VÁRIOS FENÔMENOS


* Reflexões e Descobertas ao Longo dos Anos

Vez por outra, sou surpreendido por insights sobre como resolver problemas complexos que envolvem o Brasil e o resto do mundo. Não consigo explicar exatamente como essas percepções surgem, mas enquanto as imagino sem escrever nada, as soluções e invenções parecem surpreendentemente lógicas e factíveis. Lembro-me de Leonardo da Vinci que desenhou helicópteros, paraquedas, escafandros e outros dispositivos sem jamais tê-los construído. Ele apenas usava sua imaginação e seus esboços para criar o que mais tarde seria materializado.


(i) Em 1983, enquanto cursava a Faculdade de Engenharia, concebi um plano que poderia ter resolvido a inflação absurda que o Brasil enfrentava na época. Minha ideia era criar uma espécie de título que não se desvalorizasse, que mantivesse paridade com o dólar e se reajustasse conforme o cruzeiro perdesse valor. A ideia era que, uma vez aceita e compreendida pela população, bastaria nomear a nova moeda e o problema estaria resolvido. Embora não conhecesse todos os detalhes, acreditava firmemente que essa solução poderia funcionar. Em 1994, o Plano Real surgiu com uma abordagem bastante similar à minha, e com a criação de um dólar virtual, a URV - Unidade Real de Valor, resolveu a inflação que assolava o país.


(ii) Já em 1985, depois de terminar a faculdade, passei um tempo criando programas em linguagem Basic, em microcomputadores da Prológica, um CP 400 que nem disco rígido tinha. Assim comecei a refletir sobre como os computadores poderiam agir de maneira semelhante aos humanos. Pensava: quando nascemos, captamos informações do ambiente ao nosso redor, inundando nosso cérebro com sons e imagens. À medida que crescemos, armazenamos e interagimos com essas informações. Imaginei que os processadores e memórias artificiais poderiam fazer o mesmo. Visualizava um computador discretamente registrando conversas, reações, risos, imagens e movimentos em uma festa, capturando os costumes humanos. Embora essa ideia já existisse desde a década de 1950, as formas atuais de inteligência artificial, como conhecemos hoje, evoluíram significativamente desde então. Em 2011, a IA chegou ao Brasil em formas ainda repetitivas e baseadas em imagens e textos preexistentes. No entanto, a IA generativa e criativa ganhou destaque em 2017 com a popularização do GPT da OpenAI.

Agora, em 2025, minha visão sobre as experiências cognitivas mudou um pouco. Acredito que o aprendizado não será mais tão árduo, com anos intermináveis em salas de aula. Em vez disso, seremos nós a copiar os computadores, aproveitando sua capacidade para uma evolução mais rápida. Imagine a transferência do conhecimento de um programa (um antivírus, por exemplo) de um computador "A" para um computador "B" e ambos alcançam o mesmo nível de proteção. Penso que algo semelhante pode ocorrer com o cérebro humano. Por exemplo, em vez de levar anos para aprender um novo idioma, poderíamos, hipoteticamente, copiar sinapses cerebrais específicas. Um "mapa" detalhado da neuroanatomia, necessário para falar uma nova linguagem, poderia ser transferido de uma pessoa para outra, permitindo que um indivíduo falasse um vernáculo estrangeiro sem nunca ter frequentado um curso de idiomas.

Essa ideia não se limita apenas a esse tipo de aprendizado. Imagine poder transferir habilidades especializadas, como cantar, compor, interpretar, jogar tênis, tocar piano ou violão, construir, consertar aparelhos, desenhar, cozinhar, calcular, projetar, etc, apenas copiando e transferindo conhecimentos cerebrais.


(iii) A força da gravidade sempre me intrigou, tanto na potência que uma aeronave tem que desenvolver para sair do solo quanto a sua queda implacável. E isso vale para quaisquer corpos/objetos que se elevam e voltam à superfície do planeta. A força da aceleração gravitacional de 9,80 m/s2 é invariável para quaisquer elementos que a ela se sujeitam.

A interminável briga do Homem contra a natureza, tentando vencer essa atração fica maior à medida que aumenta o peso a ser deslocado. Imaginem a força de um foguete tripulado para romper a inércia e chegar ao espaço. São 74,3 meganewtons, o que equivale a 99.100 HP, aproximados, de potência para elevar um aparato 120 m. de altura com   3.000 toneladas de massa.


Se ao invés de superar essa força que puxa os objetos para baixo, conseguíssemos diminui-la consideravelmente? Talvez algo como um campo eletromagnético que provocasse um vácuo envoltório, quebrando boa parte dessa energia que nos prende à terra, uma vez que a força eletromagnética é, aproximadamente, 1038 vezes mais forte que a força gravitacional. Tal processo diminuiria em mais de 99% os gastos com combustíveis.

Consideremos o Maglev (abreviação do termo levitação magnética) que está relacionado aos trens que flutuam sob trilhos usando princípios básicos de ímãs para substituir as antigas rodas de aço. A bobina magnetizada que corre ao longo do trilho, chamada de "guia", repele os grandes ímãs na parte inferior do trem, permitindo uma levitação entre de 1 a 10 centímetros acima da guia. É de bom proveito lembrar também dos fórmulas de competição que geram um vácuo em sua parte posterior. É uma área de baixa pressão aerodinâmica produzida pelo carro que vai à frente que “puxa” quem vai atrás, aumentando sua velocidade porque há menos resistência do ar nessa região, o que provoca uma espécie de escudo, tirando parte do arrasto.

Na Inglaterra, um projeto chamado Greenglow, da BAE (British Aerospace) Systems, mantém a possibilidade de desenvolver um motor de propulsão eletromagnética chamado "EM-Drive" (Motor ou unidade de propulsão Eletromagnética. Drive é o sistema de controle do Motor), criado pelo engenheiro aeroespacial britânico Roger Shawyer, o qual disse: "Não estamos mais tentando controlar a gravidade em si. Estamos vencendo a gravidade de maneira mais inteligente." Outros estudos sobre esse Projeto pode ser lido em Aerospace Research Central, Reston, Virginia - EUA,   na   Mídia Digital Space.com,   e   na   BBC Brasil. Alguns entusiastas falam sobre esse Projeto no YouTube:   SuperFato   e   Space Today.

Lembro-me de quando Eu era criança e via nos álbuns as figuras dos foguetes em sua rampa de lançamento e uma bola de fogo que os envolvia nas decolagens. O que mudou de lá para cá? Visivelmente nada! Depois de mais de meio século, as bolas de fogo continuam a fazer parte dos lançamentos atuais. A tecnologia avançou muito, os meios de propulsão, combustíveis, digitalização de todos os computadores, mas... a briga contra a natureza para vencê-la praticamente não se alterou e manteve o arco de calor e luz necessária para alcançar o espaço.

Foguete Apolo 11 em 1969 Foguete Falcon da SpaceX em 2025

Depois de mais de meio século, as bolas de fogo continuam a fazer parte dos lançamentos atuais.


O sentido inverso também se aplica. Quando um avião, por exemplo, perde sustentação e cai, este é inexoravelmente atraído para a terra. Se o citado campo magnético e seu vácuo envoltório fossem aplicados e controlados, a queda seria suave, direcionada e quantas vidas poderiam ser salvas.

Tudo o que foi dito acima também se aplica a quaisquer corpos submetidos à inércia de deslocamento, nos dois sentidos, de subida e queda. As aplicações são inúmeras, o salto tecnológico seria incalculável e aquelas figurinhas de mais de 50 anos atrás seriam comparáveis apenas a carroças de fogos citadas no Livro dos Reis, do Antigo Testamento.


(iv) Uma viagem no tempo é teoricamente possível, embora ainda não exista a tecnologia necessária para tal. O conceito é constantemente abordado na ficção-científica e, no meio científico, o tema é de circulação bastante restrita. No entanto, existem soluções da Teoria Geral da Relatividade de Einstein que permitem viagens no tempo, porém apenas para o futuro (como a famosa solução encontrada por Kurt Gödel). Mas se fosse possível viajar mais rápido que a luz, então, de acordo com a teoria da relatividade, as viagens no tempo para o passado seriam realmente possíveis.

Os filmes antigos de ficção científica quase sempre se afastavam do rigor das ciências clássicas, priorizando a fantasia e a imaginação desenfreada. Muitas dessas obras apresentavam cenários futuristas e criaturas alienígenas sem preocupação com o ajuste científico. No entanto, ao longo dos anos, a evolução das pesquisas e descobertas tecnológicas fizeram com que os filmes contemporâneos começassem a se apoiar em teorias científicas bem estabelecidas. Hoje, é comum ver roteiristas e diretores consultando especialistas, como astrofísicos e engenheiros, para garantir que as representações de viagem no espaço, inteligência artificial e até mesmo viagens no tempo estejam alinhadas com o que sabemos sobre o universo. Embora ainda haja espaço para a criatividade, a ciência desempenha um papel central na construção de mundos mais realistas e plausíveis. Esse casamento entre ficção e ciência torna as produções atuais mais envolventes e, muitas vezes, mais inquietantes, pois questionam as fronteiras do possível.

Faremos duas abordagens sob as óticas Micro e Macroscópicas:

1) Sob uma visão macroscópica, tomemos como exemplo o filme (que virou série) "Dark", de 2017, uma aclamada e premiada série alemã de drama, suspense e ficção científica criada por Baran bo Odar e Jantje Friese. Dark foi eleita como a melhor série da Netflix, vencendo a própria Stranger Things e enfrentando a também aclamada Black Mirror na final. Dark também ganhou o prémio Grimme-Preis, o mais importante da televisão alemã. Resumidamente, a série aborda a questão da viagem no tempo, em períodos de 33 anos para o passado e 33 anos para o futuro, envolve várias teorias já analisadas e equacionadas pela física quântica, como:

1.1) A Relatividade Geral de Einstein, o qual já havia dito: "...A distinção entre passado, presente e futuro é só uma persistente ilusão..."

1.2) A Ponte de Einstein-Rosen: Na série os personagens viajam no tempo através de uma previsão teórica das equações que envolvem a relatividade. O episódio 8 da primeira temporada trata muito deste assunto. No diálogo que dura todo o episódio entre Jonas K. e H. G. Tannhaus podemos encontrar várias explicações sobre os tais Wormholes (buracos de minhoca), indico reassistir este episódio depois de ler este texto.

Obs.: Nathan Rosen nasceu em março de 1909 no Brooklyn, NY. Sua primeira titulação acadêmica foi o bacharelado em Engenharia Elétrica pelo MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts. No mesmo instituto, ele obteve o grau de mestre em Física em 1929, e de doutor em Física em 1932. Em 1935, Rosen passou a desenvolver pesquisas na Universidade de Princeton, New Jersey. Neste local, ele começou a trabalhar com Albert Einstein, tornando-se seu assistente. Juntos, Einstein e Rosen publicaram um artigo intitulado “The Particle Problem in the General Theory of Relativity” (O Problema da Partícula na Teoria Geral da Relatividade), no qual discutem a possibilidade do espaço se dobrar formando dois planos paralelos, com uma partícula formando uma “ponte” entre os mesmos. Essa proposição ficou conhecida como a ponte de Einstein-Rosen.

A ponte de Einstein-Rosen é mais uma previsão teórica, em parte, das equações relativísticas que, basicamente, preveem que seria possível dois pontos distantes do espaço-tempo se conectarem via um Black Hole (buraco negro) e um White Hole (buraco branco). Enquanto o Black Hole seria um ponto de alta densidade que suga tudo pra dentro dele, o White Hole seria a saída de toda essa matéria.

Dessa maneira, entrando pelo Black Hole e saindo pelo White Hole, poderia se viajar para qualquer lugar do espaço em qualquer tempo. Assim se constrói a viagem no tempo proposta por Dark, a essa ponte também se dá o nome de Wormholes (buraco de minhoca).

Viagem no tempo proposta por Dark, a essa ponte se dá o nome de Ponte-Einstein-Rosen ou Wormholes

Wormhole ou buraco de minhoca, um atalho no universo que permitiria viajar no tempo-espaço.



1.3) "Block Universe" ou "Universo em Bloco": Teoria na qual o passado, o presente e o futuro são todos igualmente reais e existem simultaneamente. De acordo com essa visão, o tempo é como um bloco, onde todos os eventos passados, presentes e futuros coexistem. Logo, se o tempo é relativo, tudo no universo já aconteceu. É uma tese formulada pelo professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Bradford Skow. Ele afirma também que o passado não “desaparece”, ele simplesmente existe em diferentes partes do espaço-tempo.

Em outras palavras, passado, presente e futuro teriam estatuto ontológico semelhante, sugerindo que o espaço-tempo quadridimensional possa ser encarado como uma entidade única, dada de uma só vez: assim, esta concepção é às vezes chamada de “universo em bloco”, termo cunhado por William James em 1882 para o universo estritamente determinista.

A teoria do universo dos blocos descreve o ‘agora’ como um lugar arbitrário no tempo e afirma que o passado, o futuro e o presente existem todos simultaneamente. Da mesma forma que sua localização atual não exclui a existência de outras áreas, a teoria do universo dos blocos afirma que estar no presente não significa que o passado e o futuro não estejam ocorrendo no momento.

A teoria do universo de blocos também é conhecida em alguns círculos científicos como Eternalismo, em que o passado, o presente e o futuro coexistem ‘agora’.

Da mesma forma, a teoria do universo das caixas, conforme explicada pela Dra. Kristie Miller, diretora conjunta do Center for Time of Sydney University, postula que nosso universo pode ser um gigantesco bloco quadridimensional do espaço-tempo, contendo todas as coisas que já aconteceram e acontecerão em nossa percepção tradicional do tempo.

A Dra. Kristie Miller explicou a teoria em um artigo publicado pela ABC Science. Miller descreveu como todos os momentos que existem são relativos entre si em três dimensões espaciais e em uma única dimensão temporal:

Bloco quadridimensional do espaço-tempo, contendo todas as coisas que já aconteceram e acontecerão em nossa percepção tradicional do tempo



1.4) Mas por que a série Dark demonstra a possibilidade de viagem com 33 anos para o passado e futuro?

Bom, existem algumas teorias (não provadas), como o fato do Sol, no final do ciclo de 33 anos, encontra-se no mesmo dia e no mesmo minuto de longitude, de maneira que, se o indivíduo estiver no local de seu nascimento, sua Revolução Solar terá a mesma orientação. Outra teoria analisa o fato de que um ano não tem 365 dias exatos e isso já é provado, mas visto sob outro ângulo, essa teoria estabelece que o ritmo da translação terrena é basicamente instável, porém, a cada 33 anos tudo volta ao normal, ou seja, as estrelas, os planetas, todo o universo fica exatamente na mesma posição, além do que, a cada 33 anos a rota da Lua se sincroniza com a do Sol.

Contudo, o conceito de ciclo solar-lunar, tal como é apresentado, não tem base científica, sendo parte apenas do campo da ficção e do imaginário diegético.

Mas, com base científica, podemos considerar os estudos do Geógrafo e Climatologista alemão Eduard Brückner que remete ao ciclo climático que variava de 33 a 35 anos, associado à ocorrência de anos chuvosos e secos. O estudo pode ser referido como ciclos de BEL, cujas iniciais, em homenagem, são relativas aos pesquisadores Brückner, Egeson e Lockyer.

Com ou sem base científica, tal ciclo ainda se apoia em teorias baseadas em eventos e transformações que ocorrem com um intervalo de 33 anos. Essa ideia possui raízes em diversas tradições culturais e religiosas, inclusive na espiritualidade. Enraizada na história, essa teoria leva à reflexão a respeito da interconexão entre passado, presente e futuro.

A história está repleta de eventos que se alinham com essa perspectiva. Por exemplo, revoluções e mudanças sociais significativas costumam ocorrer em ciclos de 33 anos. É como se a história estivesse emprestando uma caneta abstrata que escreve as lições de ontem para serem relidas amanhã. Eventos como a Revolução Francesa e a Revolução Russa nos mostram essa repetição.

1.5) Ainda sob a ótica da macrovisão, a física relativista estabelece que o tempo decorrido para um ponto fixo na terra e um ponto que viaje à velocidade da luz, são diferentes. É o que chamamos de "Dilatação do Tempo". O cálculo da dilatação temporal é feito com base na "transformada de Lorentz". Essas transformações nada mais são do que um conjunto de equações que relaciona os intervalos de tempo em que um evento acontece em dois referenciais distintos.

Veja a seguir a fórmula geral de Lorentz que é utilizada para o cálculo da dilatação do tempo em razão da velocidade:

Dilatação do Tempo - Transformada de Lorentz

Onde:

Δ t – tempo medido pelo observador em movimento

Δ t0 – tempo medido pelo observador em repouso (tempo próprio)

v – velocidade do observador em movimento

c – velocidade da luz   =>   A letra "c", usada para representar a velocidade da luz no vácuo, tem origem do latim "celeritas", que significa rapidez.

Suponha que dois relógios atômicos estejam perfeitamente sincronizados e que um deles seja colocado para se mover a uma velocidade igual a 60% da velocidade da luz (0,6c), sendo "c" a velocidade de luz no vácuo. Se passados 10 s no relógio em repouso, quantos segundos terão passado no relógio que se movia em alta velocidade?

Vamos calcular o fator de Lorentz (constante λ) com as informações fornecidas. Observe:

Dilatação do Tempo - Transformada e o fator de Lorentz

Com base nesse cálculo, descobrimos que, caso um dos relógios se movesse com velocidade de 0,6c, um evento de 10 s na terra teria sua duração estendida para 12,5 s no espaço.

Outro exemplo mais claro da "Dilatação do Tempo", seria o "Paradoxo dos Gêmeos" (Paul Langevin, 1911). Caso um homem faça uma viagem em uma nave que consiga atingir a velocidade da luz, quando ele retornar, parecerá mais jovem que seu irmão gêmeo que ficou na Terra.

Se a velocidade da nave fosse de 80% da velocidade da luz e o tempo da viagem fosse de 4 anos, o tempo marcado pelo gêmeo que ficou na Terra seria de 10 anos. A variação do tempo para o referencial parado é sempre maior do que o referencial em movimento. Nesse caso, a diferença de idade entre os irmãos gêmeos seria de 6 anos.

Apenas por curiosidade, se aproximarmos gradativamente a velocidade "v" da velocidade da Luz (c), na equação ou fator de Lorentz, com 09c, 0,99c, 0,999c, etc, até chegarmos a 10 casas decimais, ou seja, 0,9999999999c, teremos um tempo que se passa na velocidade da luz, subindo e se distanciando do tempo do referencial fixo na terra, numa proporção (razão entre as λ's, razão esta que chamamos de β) que Eu ainda não vi em nenhum compêndio de Ciências, aproximando-se muito do número 3,16227, como se vê na tabela abaixo.

Lembrando-se sempre que β1 se obtém dividindo λ2 por λ1 ; β2 se obtém dividindo λ3 por λ2 e assim por diante.

Para obter a Planilha fonte Excel, acesse: Transformada de Lorentz.xlsx

Para v1 = 0,9c Para v2 = 0,99c Para v3 = 0,999c Para v4 = 0,9999c
λ1 = 2,29415733870562 λ2 = 7,08881205008335 λ3=3 = 22,3662720421294 λ4 = 70,7124459519145
Razão entre λ's = β β1=3,08994153560667 β2=3,15515094547702 β3=3,16156603204681


                     A partir de β5, o valor 3,16227 se torna constante
Para v5 = 0,99999c Para v6 = 0,999999c Para v7 = 0,9999999c Para v8 = 0,99999999c
λ5 = 223,607356769625 λ6 = 707,106957949232 λ7 = 2.236,06803394529 λ8 = 7.071,06781372642
β4=3,16220650777207 β5=3,16227054496128 β6=3,16227694948780 β7=3,16227758117463


Para v9 = 0,999999999c Para v10 = 0,9999999999c
λ9 = 22.360,6800911995 λ10 = 70.710,6751933411
β8=3,16227770405380 β9=3,16227748462671


2) A visão macro, vista acima, se concentra no panorama amplo, que no caso envolve o Universo, planetas, tempo medido em anos, velocidade da luz, etc.

Já a visão micro se concentra nos detalhes de uma situação. Uma pequena base vai facilitar a compreensão dos tempos medidos dentro das nossas dimensões cotidianas:

A partir da nova Revolução Científica iniciada em fins do século XIX e início do século XX, na Física, em especial com os trabalhos de Faraday, Maxwell e Planck, atingindo seu ponto mais dramático com Einstein e os teóricos da Física Quântica (Bohr, Schrodinger, Heisenberg, Rutheford e outros), ficou amplamente demonstrado que a visão de um mundo mecanicista da física clássica de Newton, que serviu de modelo às demais ciências, dá conta de toda a realidade tridimensional, sendo uma criação humana, útil, porém limitada, feita pelo homem para dar sentido aos fenômenos naturais que o cercam, e mesmo assim, só ao nível das chamadas dimensões médias, ou seja, dos objetos compostos (portanto, formado de um conglomerado de átomos) que nos cercam e com os quais interagimos a velocidades muito baixas.

Partindo então da ótica micro, vamos aos conceitos mais simples de tempo, como o Passado, Presente e Futuro, vistos por Einstein, Bradford Skow, Miller e William James (anteriormente citados), como ilusórios e simultâneos.

Se o Passado(Pa), Presente(Pr) e Futuro(F) existem no mesmo instante de tempo, poderíamos inferir uma equação bem simples, convencionando, para simplificar, o "instante de tempo" como sendo de 1 segundo, que é a menor medida de tempo não fracionada:

Pa + Pr + F = 1 s

Se Pa, Pr e F são iguais, pois ocorrem simultaneamente, então chamaremos essas variáveis de "x". Assim teríamos:

x + x + x = 1 s   ==>   3x = 1 s   ==>   x = 0,33 segundos (aproximados).

Logo, Passado, Presente e Futuro existiriam ao mesmo tempo em 33 centésimos de segundo.


Conclusão

Para situações em que se usa grandes valores de tempo, este é contado em períodos que variam de 33 anos para o passado e 33 para o futuro.

Mas para situações em que se usa pequenos valores de tempo, este é contado em períodos que variam de 33 centésimos de segundo, de um momento para o outro.

Alguma coincidência?


Albert Einstein: "...A distinção entre passado, presente e futuro é só uma persistente ilusão..."

Friedrich Nietzsche: "...O minuto que se passa do seu presente, já é o seu passado, e o minuto do seu futuro que virá também será o seu presente....(...) O tempo linear é uma cadeia de instantes que se suprimem, que se anulam e se aniquilam incessantemente uns aos outros (...) Posto que a existência e o significado de cada instante dependem de sua conexão com o passado, que já não existe, e de sua antecipação do futuro, que todavia não chegou a ser, nenhum dos momentos do tempo linear em sua particularidade de presente, passado ou futuro chegam a ser momentos vivos, depositários de uma plenitude autônoma de significado e existência..."

Já dizia um Filósofo, do qual não lembro mais o nome: "A luz se gabava por ter a maior velocidade do universo, mas a escuridão disse: Antes de você chegar, eu já estava aqui."


Acho que, se alcançarmos a esse ponto, muitos vão perder seus empregos. Mas também pensavam assim na era da revolução industrial, no século XVIII.

À medida que refletimos sobre essas possibilidades, é importante lembrar que, como sempre, as mudanças trazem desafios e oportunidades. E isso foi refletido, em 1992, na música I.G.Y (International Geophysical Year), de Donald Fagen, quando ele dizia: "O futuro parece luminoso, no trem todo de grafite e glitter; debaixo da água pelos trilhos; noventa minutos de Nova York a Paris; bem, por 76 estaremos ok; que belo mundo este será, que tempo glorioso para ser livre."

E já dizia Artur Mendes, no Trecho do Livro "Geração de Valor":



O futuro é, sem dúvida, fascinante, cheio de potencial e nos cabe explorar essas possibilidades com responsabilidade e criatividade.


Para aqueles que quiserem contribuir com suas reflexões, especificamente sobre o assunto acima, peço, p.favor, que enviem uma mensagem para jeff.sbg@hotmail.com







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